Malice Mizer
Malice Mizer é uma banda japonesa do mundo do Visual Kei, que esteve activa desde Agosto de 1992 a Dezembro de 2001. Formada por Mana e Közi, o nome da banda quer dizer "malice and misery" — A resposta dos seus membros à pergunta: o que é ser humano?".
A música de Malice Mizer ficou conhecida pelas fortes influências da música clássica e gótica, mas a banda era tão famosa pela sua música como pelas suas actuações ao vivo, com performances cheias de roupa de época exuberante e cenários elaborados, coreografias bizarras e membros da banda que tocavam suspensos do tecto. Durante a sua história, a banda atravessou várias fases musicais e três mudanças drásticas de visual. A 11 de Dezembro de 2001. a banda anunciou que iria entrar num período de inactividade por tempo indefinido.
Era Tetsu (1992 – 1994)Malice Mizer foi formada em 1992, pelos guitarristas Mana e Közi, com Tetsu como vocalista, Yu ki no baixo e Gaz na bateria. Desta montagem, a banda estabeleceu a sua imagem de marca ao som de "guitarras gémeas", mesmo quando as duas guitarras tocavam melodias diferentes, criando uma polifonia característica. A sonoridade exibida por Malice Mizer durante a Era Tetsu assemelhava-se a uma mistura entre os primóridos do gótico dos anos 80 e uma influência clássica agressiva. O primeiro lançamento oficial desta era foi a música "Speed of Desperate", na compilação Brain Trash, de 1993. Antes, haviam lançado a demo tape chamada Sans Logique, ainda sem vocalista. Pouco depois do lançamento de Brain Trash, Gaz deixou a banda para se juntar a Kneuklid Romance, enquanto que de Kneuklid Romance veio o baterista Kami. Em 1994, a banda lançou o seu primeiro álbum, Memoire, através da recente editora indie fundada por Mana - midi:Nette. Pouco tempo depois foi relançando com uma música de bónus ("バロック"; Baroque) sob o título de Memoire DX. Dias após este acontecimento, o vocalista Tetsu abandonou a banda. As verdadeiras razões para a sua saída são desconhecidas, mas Tetsu acabou por levar o seu trabalho como músico noutra direcção.
Era Gackt (1995 – 1999)Em 1995, após um ano de inactividade, Malice Mizer recrutaram Gackt para o posto de vocalista. Sob a influência de Gackt, a sonoridade da banda tornou-se mais nostálgica e romântica, dentro do seu jeito, incorporando influências da antiga música pop francesa e ainda mais violentas impresões clássicas. Em termos estéticos, a banda abandonou o estilo gótico dos anos 80 em favor de um colorido vestuário de época. Em 1996, Malice Mizer lançaram o segundo álbum, Voyage 〜sans retour〜. A banda agarrou um popularidade crescente e em 1997 assinou com a maior editora do Japão, a Nippon Columbia, com a qual lançaram vários singles de sucesso, um pequeno filme ("ヴェル・エール 〜空白の瞬間の中で〜 de l'image"; VERU EERU —Kuuhaku no shunkan no naka de— de l'image), e, em 1998, o primeiro e único álbum de uma grande editora, Merveilles. A banda chegou até a ter o seu próprio programa de rádio por esta altura. Em Janeiro de 1999, no pico do sucesso de Malice Mizer, Gackt deixou também a banda, para iniciar a sua carreira a solo, levando consigo grande parte dos fãs da banda. Malice Mizer deixou a Nippon Columbia, regressando à editora de Manal, Midi:Nette.
Meses depois da partida de Gackt, o baterista Kami morreu com uma hemorragia, deixando, como legado, um punhado de músicas, as quais a banda acabou por lançar no mini-album/video boxset 神話 (Shinwa). Kami nunca foi substituído; deste momento em diante, a banda passou a usar apenas bateristas de apoio (principalmente Shue, que nem chega a aparecer nos últimos vídeos da banda, como também não aparece nos créditos). Kami passa a ser tratado como o "eternal blood relative" em todos os álbuns posteriores à sua morte.
Era Klaha (2000 – 2001)Na segunda metade de 1999 e no início de 2000, Malice Mizer — ainda sem vocalista definido — lançaram vários singles e começaram a trabalhar num novo álbum. Acabaram por chamar Klaha (nome real: Masaki Haruna), vocalista da banda de visual kei/darkwave Pride of Mind. Nesta altura a banda já havia abandonado a ligeira música pop da era de Gackt, para passar a uma mistura dramática entre música clássica, Gótico e heavy metal, adoptando um elaborado visual fúnebre. NO verão de 2000, a banda lançou o que seria o seu último álbum, 薔薇の聖堂 (Bara no seidō), seguido de uma espectacular e teatral actuação ao vivo, com fogo-de-artifício, um coro de freiras e uma catedral de tamanho reduzido, que figurava como cenário. Em 2001, Malice Mizer entraram numa longa metragem sobre vampiros, 薔薇の婚礼 ~真夜中に交わした約束~ (Bara no konrei ~Mayonaka ni kawashita yakusoku~), e lançaram mais três singles: Gardenia, Beast of Blood, and Garnet ~禁断の園へ~ (Garnet ~Kindan no sono e~). Com o tempo, os membros da banda decidiram seguir rumos diversos, deixando mensagens de ruptura no seu site oficial, Miroir, que ainda podem ser vistas hoje.